Quiosques e bares do Rio reforçam medidas de transparência após casos de bebidas adulteradas no país

Quiosques e bares do Rio reforçam medidas de transparência após casos de bebidas adulteradas no país Depois dos casos de intoxicações por bebidas adultera...

Quiosques e bares do Rio reforçam medidas de transparência após casos de bebidas adulteradas no país Depois dos casos de intoxicações por bebidas adulteradas com metanol em vários estados, principalmente em São Paulo, comerciantes do Rio estão reforçando a transparência para os clientes. No Leblon, um quiosque passou a rotular cada garrafa de bebida e deixou as notas fiscais expostas em cima do balcão, para consulta de quem quiser conferir a procedência dos produtos. “A gente sempre comprou todos os insumos com nota fiscal. O que estamos fazendo de diferente é orientar a nossa brigada a mostrar essa nota”, explicou o sócio Flávio Datz. Na Cinelândia, o Teatro Rival Petrobras adotou uma medida ainda mais radical: interrompeu a venda de vender bebidas destiladas. “Nós resolvemos parar com a venda de produtos destilados. Temos na casa cerveja, vinho, refrigerante e água. Tomamos essa atitude principalmente visando o bem-estar e a saúde das pessoas”, disse o administrador Sérgio Leal. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Curso de prevenção lotado A preocupação também levou ao aumento da procura por informações. Nesta semana, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) lançou um curso online sobre cuidados para evitar intoxicações. Em apenas três dias, mais de 15 mil pessoas acessaram o conteúdo. O presidente da Abrasel no Rio, Maurício Costa, ressalta que nenhum caso de intoxicação por metanol no país está relacionado a bares ou restaurantes e que esses locais são confiáveis para se consumir. “A gente entende que o alerta é necessário, que os clientes devem estar atentos à origem das bebidas. Se for um local suspeito de não ter a origem do produto comprovado é preciso ficar atento. Mas entendemos que bares e restaurantes são locais confiáveis para consumir”, disse. Vigilância e clientes atentos A Polícia Civil do RJ iniciou na manhã deste sábado (4) uma operação para combater a fabricação e o comércio de bebidas alcoólicas adulteradas e impróprias para o consumo. São cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, no Rio da na Baixada Fluminense, em endereços comerciais e residenciais ligados a pessoas físicas e jurídicas investigadas por vender e distribuir bebidas fora da validade e com suspeita de falsificação. De acordo com a Vigilância Sanitária do Rio, até agora não há registro de intoxicação por metanol na cidade. Mesmo assim, o tema acendeu um alerta tanto para donos de bares quanto para consumidores. Clientes ouvidos pela reportagem afirmam que aprovam as medidas de controle. Para o comerciante Flávio Datz, o momento também abre espaço para mudanças duradouras: “Acho que toda crise tem um lado positivo. É uma crise sanitária, e o apavoramento tem razão de ser. Mas é importante que isso vire regra: comerciantes precisam ter atenção redobrada à origem de cada produto que vão servir ao consumidor”. Bares e quiosques do RJ reforçam medidas de transparência Reprodução/RJ1