
Caminhão pega fogo na BR-101 e engavetamento causa lentidão no Centro de Campos
Carreta pega fogo na BR-101 em Campos e causa interdição nos dois sentidos Um caminhão pegou fogo na noite desta sexta-feira (3) na altura da localidade de I
Bem-vindo ao chat
Carreta pega fogo na BR-101 em Campos e causa interdição nos dois sentidos Um caminhão pegou fogo na noite desta sexta-feira (3) na altura da localidade de I
Agentes da Polícia Militar sofreram uma tentativa de homicídio madrugada deste sábado (4) em Três Rios (RJ). O caso aconteceu na Rua João de Souza, no bair
Quiosques e bares do Rio reforçam medidas de transparência após casos de bebidas adulteradas no país A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro desc
Quiosques e bares do Rio reforçam medidas de transparência após casos de bebidas adulteradas no país A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro desc...
Quiosques e bares do Rio reforçam medidas de transparência após casos de bebidas adulteradas no país A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro descartou, neste sábado (4), uma lista de possíveis casos de intoxicação por metanol no município. O município classificou os casos como rumores. A informação foi divulgada pelo secretário Daniel Soranz em suas redes sociais, após uma série de mensagens circularem nas redes sociais sobre supostos pacientes internados em hospitais da capital fluminense. Segundo dados atualizados pela Rede CIEVS — Vigilância, Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública —, foram detectados 13 rumores de intoxicação exógena associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Todos foram investigados e descartados por não apresentarem compatibilidade clínica ou laboratorial com o quadro de intoxicação. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Entre os casos descartados estão pacientes atendidos em unidades como o Hospital Nossa Senhora do Carmo, Casa de Saúde São José, Copa D’or, Hospital Pró-Cardíaco, CER Centro, HMAS, Hospital Samaritano, UPA Cidade de Deus e HMRG. "Estamos atentos a todos os rumores de intoxicação", afirmou Soranz em uma das postagens. "Até o momento, não há nenhum caso confirmado no município do Rio de Janeiro", completou. Um dos estabelecimentos interditados pela Vigilância Sanitária Divulgação Diante da repercussão nacional dos casos registrados em São Paulo, a prefeitura do Rio intensificou a fiscalização em estabelecimentos que comercializam bebidas destiladas. A operação envolve barracas de feiras, quiosques e grandes distribuidores, com equipes atuando durante o dia e à noite, segundo o comunicado do secretário. Até agora, foram expedidos 14 autos de infração, apreendidas mais de 100 garrafas de origem duvidosa e recolhidos quatro galões de 25 litros de cachaça. A população pode denunciar irregularidades pelo canal 1746. Além dos pontos de venda, a Secretaria também está monitorando empresas de reciclagem que recolhem garrafas em estabelecimentos comerciais, com o objetivo de rastrear o destino e o tratamento dado aos recipientes — uma medida preventiva contra a falsificação de bebidas alcoólicas. "Devido ao risco elevado de intoxicação por metanol, recomendamos que a população evite o consumo de bebidas destiladas de procedência duvidosa até que seja esclarecida a grave situação em investigação no estado de São Paulo", escreveu Soranz na quinta-feira. Entre as recomendações divulgadas pela pasta estão: Comprar apenas em estabelecimentos confiáveis; Verificar se a bebida possui selo fiscal intacto e mecanismos de segurança da marca; Evitar o consumo em caso de dúvida e acionar a Vigilância Sanitária pelo 1746. Desde o início da semana, o g1 tem apurado relatos de supostos casos de intoxicação no Rio, especialmente envolvendo frequentadores do Baixo Gávea, na Zona Sul. As mensagens, que circulam em grupos de WhatsApp e redes sociais, mencionam pessoas que teriam ficado cegas após consumir bebidas adulteradas. No entanto, nenhuma das histórias foi confirmada até o momento. As secretarias de Saúde municipal e estadual, além das principais redes hospitalares da cidade, negaram qualquer registro de intoxicação por metanol. A origem das mensagens ainda está sendo investigada. Metanol em bebidas: só teste de laboratório pode detectar Desde quarta-feira (1), o g1 tenta chegar à origem das mensagens para conversar com supostos intoxicados ou parentes, mas, em todos os casos, não foi possível confirmar uma única intoxicação. Algumas pessoas que postaram não responderam às tentativas de contato. Em outras situações, o remetente original não foi identificado. E os que tentaram apurar com o amigo – ou o primo ou o colega de trabalho – que encaminhou a denúncia, chegou à conclusão de que não havia confirmação da intoxicação ou que a história era não era bem assim. "Foi gastroenterite, mas como todo mundo estava suspeitando do metanol, levantou suspeita", explicou ao g1 uma médica que tinha encaminhado um caso em um grupo de família e, ao tentar mais informações, descobriu que o metanol não era a causa. 🔍 O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal. Uma das supostas denúncias diz que " problema com bebida alcoólica está seríssimo!!" e que "chegou no RJ". Afirma ainda que "um amigo de uma menina que trabalha" em uma empresa de investimento está "internado e cego" no Américas Medical City. O g1 entrou em contato com o hospital, que negou qualquer caso de paciente com intoxicação por metanol. Outras unidades particulares ouvidas pelo g1 também afirmaram não ter registro de casos. E, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os hospitais privados foram notificados sobre a necessidade de informar eventuais casos de intoxicação por metanol. Nenhuma notificação foi recebida pela SMS. Denúncias não comprovadas de intoxicação por metanol no Rio Arte/g1 Bares postam notas e visita da fiscalização As mensagens provocaram fiscalizações da Vigilância Sanitária, que chegou a inutilizar e coletar amostras de bebidas com rotulagem inadequadas, mas até a última atualização desta reportagem não havia identificado a presença de metanol. Vários bairros e estabelecimentos foram vistoriados, inclusive alguns citados em mensagens. O Brewteco, por exemplo, publicou um comunicado no qual reforça o compromisso com a segurança, afirmando que as bebidas são de "fornecedores homologados, com nota fiscal, lacres de segurança e selos de autenticidade para garantir a rastreabilidade de cada lote". Outros locais, como o Bosque Bar, fizeram questão de postar o termo de visita da fiscalização da Vigilância Sanitária. "E tudo certo, segue o baile", publicaram (veja abaixo). Bosque Bar postou termo de fiscalização da Vigilância Sanitária Reprodução/Instagram O mesmo bar ainda postou uma nota para reforçar com os clientes o compromisso de que segue padrões rigorosos de qualidade e segurança. No Centro, a Destilaria Maravilha aproveitou para fazer propaganda de produzir o próprio destilado, com controle "do início ao fim". "No produção da Cachaça Maravilha, controlamos o processo do início ao fim. Desde a plantação da cana de açúcar (orgânica) até a destilação final. Tudo seguindo todas as normas do Ministério da agricultura - M.A.P.A. e com nosso sócio e engenheiro químico responsável, Celso Veríssimo, devidamente registrado no Conselho Regional de Química. PROCEDÊNCIA, SEGURANÇA E CONFIANÇA, que se refletem em cada gole dos nossos destilados", diz o texto da postagem. O Culto, em Botafogo, também aproveitou ao divulgar a promoção de dose dupla, às quintas-feiras: "Sem bebida batizada!". Leia também: Intoxicação por metanol: veja o que se sabe e o que falta saber Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano. Arte/g1 Hospital na Gamboa será referência para casos, diz governo Em caso de suspeita de intoxicação, a orientação das autoridades é procurar uma unidade de saúde imediatamente. Quanto antes o atendimento começar, maiores as chances de reversão do quadro. O tratamento pode incluir a administração de antídotos específicos, realizada dentro do ambiente hospitalar e sob monitoramento médico. O Governo do Rio criou uma "sala de situação" para coordenar ações da Saúde sobre intoxicação por metanol. A referência para o tratamento de possíveis casos que surgirem no estado será o Instituto Estadual São Sebastião, na Gamboa, que terá um esquema de atendimento imediato para possíveis pacientes com intoxicação por metanol. "As pessoas que apresentarem sintomas como visão turva, desconforto gástrico e quadros de gastrite após ingestão de álcool devem procurar a unidade de atendimento mais próxima de sua casa. É importante que as unidades de saúde estejam atentas para os sintomas e histórico compatíveis. Os sinais podem surgir num intervalo de 12 a 24 horas após a ingestão" explicou a secretária estadual de Saúde, Cláudia Mello. Notificação obrigatória Na última quinta-feira, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, publicou um ato que torna obrigatória a notificação de casos suspeitos ou confirmados de intoxicação exógena por metanol em todo o território do município. A medida, estabelecida pela Resolução SMS nº 6592 de 2 de outubro de 2025, foi assinada pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e determina que qualquer ocorrência de intoxicação causada pela ingestão de metanol — substância tóxica presente em algumas bebidas adulteradas — deve ser comunicada imediatamente, em até 24 horas, às autoridades de vigilância em saúde. Os casos deverão ser informados ao Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (CIEVS), que pode ser contatado pelo e-mail cievsrio.sms@gmail.com ou pelo telefone (21) 9.8557-4800. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o objetivo é permitir a resposta rápida das equipes de vigilância, facilitando a investigação da origem das bebidas suspeitas e a adoção de medidas para bloquear novos casos de contaminação.